A crise que vem atingindo a saúde suplementar há algum tempo e que se agravou nos últimos dois anos, preocupa a todos. O cenário de elevados custos para operadoras, seguradoras e, principalmente, segurados e beneficiários, assusta e parece longe do fim.
Há, na verdade, um impasse de difícil resolução, causado, de um lado, pelas mudanças constantes nas regras aprovadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar e, de outro, pelos elevados custos do atendimento médico, especialmente nos exames e cirurgias, que levam seguradoras e operadoras a praticarem reajustes que, não raras vezes, inviabilizam os planos coletivos.
O segurado/beneficiário fica perdido no meio desse labirinto. E o quadro se agrava com as restrições encontradas para contratação ou adesão de planos individuais e as dificuldades para acesso a planos coletivos.
Além disso, quem consegue entrar em um plano coletivo, quando o pagamento não é feito por uma empresa ou entidade como benefício para os seus colaboradores e dependentes, acaba sendo atingido por elevadíssimos reajustes anuais, que, em muitos casos, acaba levando as famílias a abandonarem o plano e ficarem à mercê do SUS, o Sistema Único de Saúde, com todas as suas mazelas.
Nesse cenário, o Corretor de Seguros pode ter um papel preponderante para o equilíbrio das forças e busca de soluções que atendam aos segurados e criem condições para a gestão de uma carteira saudável pela operadora/seguradora.
Com o seu conhecimento profissional e, acima de tudo, sobre as reais necessidades das pessoas e das famílias, o Corretor de Seguros pode e deve atuar como um consultor, assessor e indicar a opção mais adequada para cada cliente.
Ao mesmo tempo, tem plenas condições para ajudar a operadora a ampliar sua participação no mercado sem riscos de se tornar insolvente em decorrência de uma carteira com elevada sinistralidade.
Para tanto, está apto, por exemplo, para angariar novos beneficiários, tanto de planos individuais quanto nos coletivos, que tragam um maior equilíbrio para a carteira e maior controle das taxas de sinistralidade.
Outro ponto relevante para que se possa ultrapassar os desafios atuais é o amplo debate envolvendo todos os segmentos do mercado. Pois, o que se vê atualmente é uma discussão que envolve apenas o setor público e as operadoras e seguradoras, através de suas entidades representativas.
O Corretor de Seguros, apesar de ser o elo que pode trazer um equilíbrio para essa corrente, está de fora do debate, assim como as entidades que os representam.
Já passou da hora da ANS, a FenaSaúde e a Abramge ouvirem o Corretor de Seguros, legítimos representantes dos consumidores, e seus Sindicatos. A solução passa necessariamente por essa consulta.
Leia essas e outras matérias da Revista Previdência & Seguros. Edição 691 em nosso site www.sincor-rj.org.br/revistaprevidenciaeseguros
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